Festa da Música
Lisboa, 23 de Abril '05
...uma mulher seduz a nuca com os seus dedos, o doce suave na ponta do polegar que roça com um quase amor a pele. Um homem pesado que decompõe a postura à cadeira com demasiada facilidade e gera os consequentes barulhos. O nariz torcido de um homem de feitio velho, que possui um sentido de premonição do barulho que num futuro próximo irá ocorrer, seja o soluço a medo, ou a tosse cinzenta de outro alguém. No palco, a música pinta. Um violino que achei mais tarde na sala maior do CCB. Um violoncelo de cabelos massivos. Um piano feito de pessoa escondida. E alguém transparente que só tem de folhear. Um trio já assistido, mas feito agora de sons recentes.
Vive la fête!
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